Histórico de empresas familiares no Brasil
Empreendedorismo

Histórico de empresas familiares no Brasil



A empresa familiar se originou em um conceito mais moderno, segundo Vidigal (1996), na Revolução Industrial do século XIX. Porém, antes disso, já existia um embrião que deste tipo de empresa, formado por qualquer artesão que tinha sua oficina em casa, com seus auxiliares, e que passava seu ofício de pai para filho.

No Brasil, a origem da empresa familiar provém ao século XVI, com as capitanias hereditárias, sendo a primeira forma de empreendimento privado no Brasil. O termo “hereditárias” diz respeito à transmissão das terras por herança. Ou seja, o filho mais velho herdava as terras oriundas do pai. Essa ocupação privada foi um meio que Portugal encontrou para ocupar e manter territórios ainda não explorados. Já que seu foco eram países da África e Ásia. (MARTINS, 1999).

Em um segundo momento, os grandes cultivadores, chamados de Barões do Café fizeram o papel de grandes empresas privadas familiares no Brasil. Todavia, somente após a segunda guerra mundial que este tipo de empresa realmente cresceu em larga escala. Muito deste acontecimento foi provido por incentivos estatais. Na passagem a seguir, Oliveira descreve o fato:

            "Naturalmente, existem momentos da economia em que a conjuntura e a estrutura são mais favoráveis ao surgimento de empresas familiares, tais como nas décadas de 30, 40 e 50, pois existia forte proteção do Estado, com subsídios, proteção alfandegária e mesmo reserva de mercado. O período do regime militar também favoreceu a empresa familiar, com o maior fortalecimento das empresas estatais, principalmente as grandes, sendo que o corporativismo estatal se refletiu na proteção da empresa familiar (grande, média e pequena) (OLIVEIRA, 1999)."

O crescimento continuou na década de 70 com o chamado milagre econômico, em que as pessoas achavam que poderiam empreender sem risco algum. Com uma política fechada, os empresários eram muito dependentes das ações governamentais. Como não havia concorrência com produtos do mercado externo, o grau de exigência do consumidor não era muito elevado por não haver parâmetros para fins de comparação. (MARTINS, 1999).

Entretanto, Na década de 1990, com a implantação do Plano Real e a abertura econômica, a economia brasileira passou por grandes transformações. O Plano Real combateu com sucesso a inflação, trazendo mudanças importantes na composição produtiva do país, na forma de gerir as empresas e na estrutura da propriedade de capital.

 A abertura do mercado trouxe a integração do país à economia mundial por intermédio do capital estrangeiro e a vinda de empresas estrangeiras dotadas de alta tecnologia acirrou a concorrência no mercado brasileiro, obrigando as empresas nacionais a se modernizarem. Nesse ambiente, muitas empresas que não se adaptaram a esse novo paradigma e faliram. (MARTINS, 1999).

Todo esse processo de inserção internacional do país ocorreu em um momento de grandes mudanças na economia mundial, notadamente em decorrência da globalização. (MARTINS, 1999).

Portanto, por mais que as empresas familiares estivessem estruturadas, a queda da proteção estatal foi um duro golpe na economia empresarial brasileira, em que empresas até então acostumadas como uma política econômica protecionista tiveram que adequar-se a um novo paradigma que prevalece até os dias atuais. 



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